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Conceito - Dermatite Atópica



ECZEMA E DERMATITE. A dermatite atópica é considerada uma dermatose inflamatória crônica, com surtos de recorrência, mais comum na infância e na adolescência, apresentando prevalência crescente. O eczema ou dermatite é um padrão reacional que se apresenta com achados clínicos e histológicos variáveis e é a expressão final comum de um grupo de doenças, que inclui a dermatite atópica, a alérgica de con­tatoa dermatite irritante de contato, o eczema desidrótico, o eczema numular, o líquen simples crônico, o eczema asteatótico e a de seborréica. As lesões primárias podem incluir pápulas, máculas eritematosas e vesículas, que podem coalescer para formar manchas e placas. No eczema intenso, lesões secundárias de infecção ou escoriação, marcadas por exsudação e formação de crostas, podem predominar. A dermatite de longa duração freqüentemente é seca e caracteriza-se por pele descamativa espessada (liquenificação), que é secundária à coçadura crônica. Encontra-se, então, linhas de força bem marcadas e pele grossa. Um detalhe interessante é q pouca gente sabe que as famosas assaduras dos bebês também é uma forma de dermatite. Chamada dermatite de fralda, afeta 1 em cada 4 crianças.

DERMATITE ATÓPICA. A dermatite atópica (DA) é a expressão cutânea do estado atópico. É uma doença de pele inflamatória comum, crônica e recorrente, com predisposição genética e causa desconhecida. É associada com níveis elevados de IgE sérico, e afeta geralmente indivíduos com história pessoal ou familiar de asma, rinite alérgica ou Dermatite Atópica. Essas três doenças são conhecidas como doenças atópicas ou tríade atópica, e aparecem em cerca de 70% dos pacientes. Uma criança que tem um dos pais com uma condição atópica tem aproximadamente 25% de chance de também apresentar alguma forma de doença atópica. A prevalência da dermatite atópica está aumentando no mundo inteiro nas últimas décadas, chegando a alcançar 23% das crianças em idade escolar na Noruega, o que tem levado a diversos estudos epidemiológicos sobre o assunto, e. nos últimos 30 anos, tem-se realizado extensas investigações laboratoriais principalmente sobre o mecanismo imunológico da doença. Algumas fontes estimam a prevalência em até 60% a prevalência de 2 meses a 1 ano de vida, em até 30% crianças até 5 anos, 10% dos 6 aos 20 anos e 5% na idade adulta. Pode ser aguda, subaguda ou crônica.



Os novos estudos na área levaram a revisões na nomenclatura, com alguns pontos chaves principais:
*A incerteza sobre a terminologia da Dermatite Atópica se acentuou nos últimos anos, fixando principalmente no IgE a definição de atopia.
*A maioria das revisões sobre os sistemas de nomenclatura tenderam a separar duas categorias de pacientes com Dermatite Atópica: os “atópicos”(ou aqueles com níveis totais/específicos de IgE aumentados) e os “não-atópicos”(aqueles com níveis normais de IgE).
*Recentemente, se propôs nomes para pacientes sem níveis de IgE aumentados ou associação com alergias, como Atopiform dermatitis, Nonallergic dermatitis, Intrinsic Atopic Dermatitis e Nonallergic atopic eczema/dermatitis syndrome e Nonatopic eczema.
*As características típicas de Dermatite Atópica sem níveis de IgE elevados provavelmente demonstram o fato de que a IgE não é pré-requisito para o desenvolvimento ou diagnóstico da doença eczematosa. (1)
Segundo alguns Flohr e outros autores, em artigos publicados recentes, a presença ou ausência de níveis elevados de IgE tem pouca relevância no diagnóstico ou tratamento dessa doença. (2)

Definir subdivisões é valioso na Dermatite Atópica para estudos que correlacionam a doença com perfil genético. Entretanto, aplicar nomes diferentes para a Dermatite Atópica dependendo da presença ou ausência de IgE sérico aumentado não se traduz em avanço para o diagnóstico ou tratamento da doença. Renomear Dermatite Atópica para refletir os níveis de IgE implica que o status do IgE alteraria o manejo da doença de pele atópica, o que não é substanciado pela literatura. ¨ (3)

A definição de atopia como uma tendência a ficar sensibilizado e produzir anticorpos IgE é revisada como relacionada com a Dermatite Atópica. Verificou-se que a presença de atopia tem valor mínimo no diagnóstico ou prognóstico de Dermatite Atópica. IgE pode ser simplesmente um epifenômeno e não um fator patogênico importante. Isso deve servir de exemplo de porque a definição deve ser re-examinada. Uma definição mais confiável e inclusora deve reconhecer atopia como uma doença geneticamente predisposta manigestando uma variedade de respostas exageradas -vasodilatação, vias aéreas hiperreativas, prurido, em adição à produção de IgE- à uma variedade de estímulos ambientais, incluindo irritantes, micróbios, drogas e alérgenos.

Diagnóstico:
Pontos chave:
O critério de Hanifin-Rajka permanece como padrão para o diagnóstico de Dermatite Atópica, apesar de não ser prático para o uso clínico rotineiro e muito complexo para estudos epidemiológicos.

O critério da United Kingdom Working Party forneceu um instrumento validade para estudos epidemiológicos. Alguns fatores culturais podem reduzir sua sensibilidade em algumas áreas do mundo e inclusões não-específicas de pacientes com ictiose e atopia familiar são fatos que contra-indicam o seu uso em estudos de corte clínicos e genéticos.

A Academia Americana de Dermatologia, em sua conferência de consenso, sugeriu critérios universais para a Dermatite Atópica, mais abrangentes para crianças e várias etnias. Apesar de ainda não estar validado, ele fornece uma seleção de critérios confiável, abreviada e prática para o diagnóstico de Dermatite Atópica em todos os grupos de idade. ¨ (4)

1 Johnansson SGO, Bieber T, Dahl R, Friedmann PS, Lanier BQ, Lockey RF et al. Revised nomenclature for allergy for global use: report of the Nomenclature Review Committee of the World Allergy Organization, October 2003. J Allergy Clin Immunol 2004;113:832-6.
2 Hanifin JM. Atopiform dermatitis: do we need another confusing name for atopic dermatitis? Br Dermatol 2002; 147:430-2.
3 Flohr C, Johansson SGO, Wahlgren C-F, Williams H. How atopic is atopic dermatitis? J Allergy Clin Immunol 2004; 114:150-8
4 Eichnfield LF, Hanifin JM, Luger TA, Stevens SR, Pride HB. Consensus Conference on Pediatric Atopic Dermatitis. J Am Acad Dermatol 2003; 49:1088-95

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